Egito: conheça mais sobre a terra dos faraós - Revista Meu Clube Bancorbrás

Egito: conheça mais sobre a terra dos faraós

Egito: conheça mais sobre a terra dos faraós
Conheça o legado histórico, espiritual e cultural do Egito, um dos destinos mais fascinantes do planeta
8 de novembro, 2023

À sombra de majestosas pirâmides, o Egito resplandece como tesouro milenar da África setentrional. Incontáveis relatos e lendas desdobram o fascínio pelo país, repleto de mistério e esplendor. Por lá, mais extensas que as faixas de areia do deserto são as marcas que gregos, romanos e árabes deixaram nas linhas do tempo.

O ponto de partida para a transição entre o passado e o presente é a capital, a enérgica e vibrante Cairo, onde os séculos maturam costumes e crenças cultivados desde antes de Cristo.

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Templo de Medinet Habu, tesouro arquitetônico egípcio, que conta histórias antigas em suas paredes esculpidas
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Templo de Philae, um oásis de espiritualidade no coração do Nilo, onde deuses e história se encontram

Os segredos do Mar Vermelho

Será que a cor do Mar Vermelho faz jus ao seu nome? Longe disso. As suas águas, em tom de azul-turquesa, são tão lindas que a vontade de mergulhar é quase irresistível. Com temperaturas que variam entre 20 e 40 graus Celsius, elas servem de lar para peixes exóticos, de todas as cores e tamanhos, graciosas tartarugas e até mesmo golfinhos. Dá para acreditar? É como entrar em um mundo encantado.

Além disso, a riqueza de caminhar sobre pó de ouro é uma exclusividade que só as praias do Mar Vermelho, com seus 2 mil quilômetros de extensão, podem proporcionar. Quando o brilho do sol é refletido nas areias finas e douradas, torna-se quase impossível não aceitar o convite da natureza para um momento de descanso. Logo percebe-se que não é só o texto bíblico que faz a fama do local.

Dunas do deserto egípcio

A pouco mais de 5 horas da capital, um cenário de filme o espera. Estamos falando das vastas dunas do deserto egípcio, situadas ao redor de duas das principais cidades do litoral do Mar Vermelho. Em Sharm el-Sheikh, a preciosa Sharm, enquanto o dia abre alas para a contemplação de maravilhas naturais, a noite convida para o desfrute do cenário urbano.

Desbravar as dunas é programa obrigatório para quem visita. Mas, como é melhor, de quadriciclo ou de camelo? Você escolhe! Com a ajuda de um guia profissional, o passeio em Sharm garante vista panorâmica e um pôr do sol inesquecível. E se preferir se manter em meio à natureza mesmo após o cair do dia, não deixe de fazer um dos safáris noturnos. Eles permitem que você experimente a cultura dos beduínos, os grupos árabes habitantes do deserto, por meio da culinária, da música e da dança. E, cá para nós, não há nada como contemplar as estrelas da tranquila vastidão do deserto.

Hurghada, por sua vez, se destaca pelas suas praias, que são realmente de tirar o fôlego! A cidade nasceu de uma vila de pescadores e passou a se desenvolver como polo turístico na década de 80. Como não explorar as maravilhas desse lugar?

Amantes do mergulho e do snorkeling descobrem por lá um verdadeiro paraíso subaquático, com recifes de corais coloridos e uma miríade de espécies de animais fascinantes. As escolas de mergulho locais são conhecidas por sua qualidade e oferecem tudo que é preciso para se realizar o sonho de explorar as profundezas do Mar Vermelho.

Pois é! A cidade praieira de águas calmas e cristalinas permite que os mais aventureiros fiquem frente a frente com uma imensa variedade de corais, recifes rasos e até mesmo algumas embarcações naufragadas, como o Thistlegorm. E, para quem não gosta da profundidade sugerida pelos cilindros e equipamentos de mergulho, há os passeios de barco que levam os turistas para desbravar ilhas locais.

Vale ressaltar que a hospitalidade egípcia também tem o seu valor. Você será calorosamente recebido pelos moradores, sempre ansiosos para compartilhar sua cultura e história. Inclusive, vai aí um fato inusitado: é comum que alguns locais peçam para tirar fotos com os visitantes. Estando por lá, não deixe de experimentar a culinária típica, que inclui pratos como o koshari – uma mistura de macarrão, arroz frito, lentilhas, molho de tomate picante, vinagre de alho, grão-de-bico e cebola frita crocante –; o falafel, muito semelhante ao quibe que conhecemos, e o delicioso pão pita fresco.

Cruzeiro pelo Nilo

Os cruzeiros fluviais no Egito, que podem ter a duração de vários dias, proporcionam fácil acesso aos monumentos históricos situados às margens do Rio Nilo, que, durante anos, competiu com o Rio Amazonas pelo título de “maior rio do mundo”. E ele pode até não ter ganhado a disputa, mas certamente arrebatou o coração de todos os que navegaram pelas suas águas.

A história se desenrola à medida que você é levado para conhecer os templos das cidades de Luxor e Assuã. Cada parada reconta a cronologia desde a era dos faraós até o tempo dos gregos e romanos. Luxor, a antiga Tebas, capital do Egito mais de 1.500 anos atrás, serve de abrigo para os templos de Luxor e de Karnak, um verdadeiro tesouro arqueológico ao ar livre, resistente às mais diversas intempéries climáticas.

Há, ainda, templos menores, como o de Medinet Habu, dedicado ao faraó Ramsés III, e o de Khonsu, que homenageia o deus lunar de mesmo nome. Se tiver a oportunidade, vale a pena dar uma conferida, ainda, nos templos de Abu Simbel, de Ramsés e de Nefertari.

Em Assuã, uma atração que consegue ser ainda mais marcante que o calor da região: o Templo de Philae. Pense em uma edificação no meio de uma ilha. Agora, imagine, sobre essa edificação, o cair do luar, acompanhado por um show de luzes e música. Isso é só uma pequena amostra do que você vai encontrar por lá.

Maravilhas do Egito

Bem no centro do Cairo está localizado o Grande Museu Egípcio, também conhecido como GEM (Grand Egyptian Museum), @grandegyptianmuseum. Em dois andares, ele apresenta boa parte da história do Egito, desde o Antigo Império. E mais: lá, você confere múmias reais de alguns dos faraós mais famosos, como Ramsés II e Seti I. No andar superior, uma surpresa: artefatos encontrados na tumba do célebre Tutancâmon.

O Egito é realmente uma “Mara, mara, maravilha, ê!”, como já dizia a cantora Margareth Menezes, na canção “Faraó”. E por falar em maravilha, a cerca de 15 km do Cairo, a Grande Pirâmide de Gizé, considerada uma das sete maravilhas da antiguidade, é a única que permite visitação. Encomendada pelo faraó Quéops mais de 2 mil anos a.C., a construção já ganhou o título de mais alta da categoria no mundo, com 140 metros de altura.

E você sabia que o objetivo principal das pirâmides era servir como tumbas para os antigos governantes? Acreditava-se, à época, que elas garantiam uma passagem segura para a vida após a morte.

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Grande Museu Egípcio, o tesouro de civilizações antigas revela seus segredos em um espetáculo de história
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Cofre do tesouro, feito de madeira, marfim, ouro e prata

Espiritualidade

O Egito não é apenas uma aula de história ou um depósito precioso de antiguidades, é também uma experiência espiritual. Por lá, a religião desempenha papel fundamental na vida das pessoas, ditando até mesmo como devem se vestir, o que, é claro, pode variar dependendo do local que você visita.

A Cidadela do Cairo ou Cidadela de Saladino, construída por volta do século XII, por exemplo, possui importantes mesquitas islâmicas. São elas: Ibn Tulun, Al Rifa’i, Sultão Hassan, Alabastro e Muhammad Ali. Esta última está localizada no topo da montanha Muqatam e é toda construída em alabastro, uma pedra branca translúcida, que confere à construção uma aparência majestosa. Ao explorar esses locais, é importante mostrar respeito pela cultura e pela comunidade. Recomenda-se, por exemplo, que os turistas usem roupas que não deixem os ombros, os braços e as pernas à mostra. Dependendo do local, também pode ser solicitado que as mulheres cubram a cabeça com um lenço ou echarpe.

Por tudo que o Egito oferece àquele que se entrega aos seus múltiplos encantos, pode-se facilmente afirmar que admirar a beleza arrebatadora e abraçar a riqueza espiritual do país é conectar-se com a parte mais profunda da alma humana e com a história – diversa e singular – que nos une.

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Mesquita de Ibn Tulun: onde simplicidade e grandiosidade se encontram em harmonia
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Mesquita de Muhammad Ali, espaço de serenidade e esplendor

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