Você provavelmente gosta de viajar nas férias ou aproveitar um feriado ou final de semana na praia ou no campo, não é mesmo? Esses passeios são ainda mais contagiantes quando estamos levando crianças. Além de auxiliar no desenvolvimento emocional delas, esses momentos proporcionam boas experiências, que serão lembradas ao longo da vida. 

Porém, seja de carro, seja de avião ou de ônibus, viajar com a criançada requer vários cuidados que devem ser pontuados desde o planejamento até a volta para casa. Para ajudar você nesse momento, selecionamos cinco dicas indispensáveis para evitar perrengues. 

Segurança

CARRO: nas viagens de carro, as crianças precisam ficar sentadas em cadeirinhas apropriadas. De acordo com a Lei da Cadeirinha  (Lei nº 14.071/2020), para até 1 ano de idade ou 13 quilos, é obrigatório o uso do bebê-conforto; de 1 a 4 anos ou peso entre 9 e 18 quilos, cadeirinha; e de 4 a 7,5 anos, assento de elevação (ou booster).

Já quem tem de 7,5 até 10 anos ou mais de 1,45 metro de altura pode passar a usar o cinto de três pontos. Caso a criança não tenha esse limite de altura, ela precisa continuar utilizando o assento elevado.

AVIÃO: de acordo com a Associação Brasileira das Empresas, bebês com mais de 7 dias de vida já podem viajar de avião. Mesmo assim, é importante consultar o pediatra, pois alguns médicos recomendam esperar pelo menos 28 dias antes de o bebê voar pela primeira vez. 

Quando os voos são domésticos, algumas companhias aéreas permitem que crianças de até 2 anos incompletos viajem gratuitamente no colo do adulto. Para viajar em um assento com cadeirinha própria, paga-se a tarifa da criança. Nesse sentido, é cobrado valor menor na compra de uma passagem para criança de 2 a 12 anos. Isso pode variar entre voos domésticos e internacionais e depender da classe tarifária.

Para a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a segurança tem que ser similar ao que acontece nas viagens de carro. Ou seja, bebês de menos de 1 ano de idade e 10 quilos de peso devem ser colocados num assento de segurança do tipo bebê-conforto, também aprovado para uso em automóveis e aviões, com selo indicativo, fixado com o cinto do assento da aeronave e voltado para trás. Já as crianças entre 10 e 20 quilos de peso devem ser colocadas num assento de segurança aprovado para uso em automóveis e aviões, com selo indicativo, fixado com o cinto do assento da aeronave e voltado para a frente. 

O cinto de segurança pode ser usado por passageiros que tenham peso superior a 20 quilos (em torno dos 5 anos de idade). A SBP recomenda, ainda, que os pais levem a cadeirinha homologada pelas autoridades do país e dentro das especificações exigidas pela companhia. Vale lembrar também que é importante manter o carro em ordem antes de qualquer viagem. Por isso, fazer revisão e manutenção preventiva é fundamental para mitigar riscos na estrada. 

Diálogo

A criança não tem noção do tempo, do que é perto e longe. O fato é que, em uma viagem, é comum ficar bem ansiosa. Isso acontece até com os adultos, não é mesmo? O melhor caminho é conversar sobre a viagem, o destino, quanto tempo mais ou menos levará até o local e se haverá ou não paradas. Em caso de voos, por exemplo, deve-se levar em consideração a possibilidade de atrasos ou de muitas paradas, o que pode deixá-la desconfortável. É muito importante você conversar no intuito de manter a calma e deixar claro que em breve vocês chegarão ao destino. 

Kit de primeiros socorros

Machucados e acidentes acontecem, ainda mais com crianças. Por isso, é melhor se prevenir. A dica é levar na bagagem ou deixar no porta-luvas do carro alguns medicamentos básicos, por exemplo, pomada para assadura, termômetro, esparadrapo, protetor solar, xarope para tosse, remédio para enjoo, entre outros que considere essenciais. 

Ah! Antes, peça auxílio ao pediatra, mostre o que você separou de primeiros socorros para que ele avalie e até adicione algumas opções. Essa visita ao profissional da saúde é essencial, porque ele também recomendará as imunizações específicas, caso necessário, por exemplo, vacina contra febre amarela para quem vai viajar para áreas endêmicas. 

Alimentação

Outra dica de ouro é ter sempre em mãos um lanchinho. O ideal é que seja algo com o que seu pequeno (ou pequena) esteja acostumado, para que não fique entre uma refeição e outra sem comer. Lembre-se de levar alimentos leves, a exemplo de frutas, sucos, iogurte, os quais são produtos fáceis de armazenar e transportar em viagens. 

Roupas

O conforto dos pequenos significa conforto para você também. Por isso, na hora de fazer as malas, opte por roupas aconchegantes. Uma boa opção são os conjuntos, que possibilitam mudar de combinações de maneira rápida e sem perder o estilo.

Outro cuidado que se deve ter é com as vestimentas de cada estação. Lugares mais quentes pedem roupas mais leves e práticas. O outono e a primavera pedem tecidos mais leves e de mangas longas. Já o inverno pede, por exemplo, moletons e acessórios para aquecer as extremidades.  

Uma dica é conferir a previsão do tempo no destino que vai visitar a fim de evitar problemas. Lembre-se de que as opções para mudar de roupa são bem limitadas em uma viagem. Assim, é importante ter todo cuidado na hora de fazer as malas para aproveitar a viagem da maneira que a família sempre sonhou. 

E aí, o que achou dessas dicas? Salve-as com você para a próxima viagem!