Alasca: beleza ao extremo

Alasca: beleza ao extremo
Em um dos lugares do planeta onde a sobrevivência é mais desafiadora, você vai encontrar paisagens sem igual, que vão ensiná-lo sobre história, cultura e resiliência
4 de maio, 2023

Conhecido como “a última fronteira”, o Alasca é uma terra de belezas naturais intocadas. O maior estado dos EUA está separado do resto do país pelo Canadá. Talvez por isso continue sendo um território vasto e selvagem, com regiões que permanecem inexploradas. São mais de 3 milhões de lagos, 3 mil rios, 100 mil geleiras e 17 dos 20 picos mais altos da América. Cenários incomuns abrigam uma grande diversidade de espécies, incluindo ursos-de-kodiak, alces gigantes e a icônica águia-careca, cujo canto ecoa a grandeza de suas terras.

O inverno é a estação mais longa do ano. Os americanos chamam esse período de “o grande silêncio branco”. Nos seus meses, a neve e o gelo formam paisagens de tirar o fôlego de qualquer visitante. Mas, com a chegada da primavera, o verde toma conta, as geleiras começam a derreter e os animais se tornam mais presentes. Embora receba turistas em qualquer época do ano, é na primavera e no verão que se consegue explorar melhor o lugar. Selecionamos quatro cidades ideais para você aproveitar o melhordessa experiência.

Juneau

A capital do estado é cercada por flores, montanhas e fiordes. Conta com grande fluxo de pessoas, graças ao seu porto, que recebe todos os cruzeiros que têm o Alasca como parada. Quem fica tem a oportunidade de conhecer muitos atrativos. Entre eles, o passeio de teleférico no Mount Roberts Trail. Dura em torno de 5 minutos e chega a uma altura de 1.800 pés, o suficiente para oferecer um panorama da cidade e arredores. Outra opção é a Floresta Nacional de Tongass. Lá está o Tracy Arm, golfo que serve de lar para uma infinidade de animais selvagens, incluindo ursos pretos e marrons, veados e lobos. Na região há cachoeiras, montanhas cobertas de neve e inúmeras geleiras, que podem ser visitadas em passeios que possibilitam ao turista avistar focas em blocos de gelo e baleias. Sem dúvida é uma das melhores oportunidades para contemplar de perto a vida selvagem.

Águia sobrevoando picos nevados
Superlativa – O Alasca fascina pela diversidade da vida selvagem. A icônica águia-careca, ave que é símbolo dos EUA, ecoa a grandeza de suas terras
Teleférico de Mount Roberts
Premiado – O teleférico de Mount Roberts é um dos mais verticais do mundo e foi reconhecido pelo seu design, que facilita a acessibilidade

Anchorage

Bem maior que a capital do estado, Anchorage tem pouco mais de 300 mil habitantes. No período mais quente do ano, entre julho e setembro, a temperatura média marca 15 graus, o que torna os passeios mais agradáveis. Reserve tempo para ir ao centro da cidade e bater perna para conhecer os cafés e lojas. A boa notícia é que não são cobrados impostos nas compras que você faz. Não deixe de ir ao Anchorage Museum, o maior do estado. Nele, o visitante conhece toda a história do Alasca e acompanha exposições permanentes e temporárias.

 Destaque também deve ser conferido ao Parque do Terremoto (Earthquake Park), epicentro de um dos maiores abalos sísmicos da América do Norte, ocorrido em 1964. Durou apenas 4 minutos, mas foi tempo suficiente para transformar o relevo de uma imensa área do município. O final de tarde merece uma visita ao Lago Spenard, que é usado para o pouso e a decolagem de hidroaviões. De quebra, ganhe uma vista espetacular das montanhas e perceba que o contraste entre a modernidade urbana e as belezas naturais tornam a cidade ainda mais atraente.

Cidade com os Montes Chugach ao fundo
Montes Chugach – Os picos irregulares da cordilheira estendem-se por mais de 400 quilômetros
Imagens internas e externas do Anchorage Museum
Riqueza cultural – O Anchorage Museum destaca a história e cultura locais, além de valorizar a língua do povo Dena’ina, falada unicamente no Alasca. Ao lado, peças em exibição

Fairbanks

A localização privilegiada de Fairbanks a torna um dos destinos mais procurados pelos turistas. Isso porque a cidade fica perto do Círculo Polar Ártico, onde se forma a aurora boreal, um fenômeno luminoso que tem origem a partir da força dos ventos solares em contato com o campo magnético da Terra. Alguns pontos indicados para se assistir a esse espetáculo são relativamente próximos do centro: Universidade do Alasca (5 quilômetros) e estradas de Murphy Dome (33 quilômetros), Cleary Summit (32 quilômetros) e Chena Hot Springs (90 quilômetros).

O Museu do Norte da Universidade do Alasca é obrigatório para quem faz questão de conhecer a fundo a vida selvagem na região. O espaço fica no campus da universidade estadual. Ah! Não siga viagem antes de conhecer a Casa do Papai Noel. Não é o verdadeiro lar do bom velhinho (que fica na Finlândia), mas vale (e muito) a visita. É toda decorada com enfeites de Natal e brinquedos exclusivos, e o melhor é que você pode adquirir, na lojinha, uma lembrança dessa experiência.

Aurora boreal em Fairbanks e réplicas de animais no Museu do Norte
Aurora boreal – Fairbanks é destino certo para contemplar um dos mais fascinantes fenômenos da natureza. Abaixo, o Museu do Norte revela a vida selvagem no Alasca nos últimos milhões de anos
Réplica da casa do Papai Noel
Natal – A casa do Papai Noel, versão Alasca, está próxima a Fairbanks. É toda desenhada e cheia de enfeites, roupas e coleções natalinas

Palmer

A cidade é a perfeita combinação de tranquilidade e aventura. Comece o dia visitando uma das suas fazendas turísticas, como a Reindeer Farm. É possível passear a cavalo, alimentar os animais, andar de trator e imergir nas riquezas naturais do lugar. As crianças podem desfrutar de muitas outras opções, como cavalgar em pôneis ou correr por labirintos de feno. Embora a temperatura, no verão, não seja tão elevada, não deixe a cervejaria Arkose de fora da sua programação. Ela oferece tours de 30 minutos que apresentam a história e o processo de confecção das cervejas artesanais e, ao final, permitem que você deguste alguns dos rótulos produzidos. Outra atração famosa da mesma categoria é a produtora Bleeding Heart, que conta com hospitalidade, bebidas de qualidade e o jeito bem-humorado com que os sócios divulgam a marca. Antes de partir, dê uma espiada no Museu de Arte e História, onde você pode ficar por dentro da trajetória dos Ahtnas (povos nativos), da corrida do ouro (quando foi descoberto em Clondike, cidade que faz fronteira com o Canadá) e de outros episódios relevantes para o desenvolvimento do país. Também acontecem apresentações artísticas que mantêm viva e forte a cultura local.

Vista de cima da cidade de Palmer
Dias longos – No verão, Palmer tem pelo menos 19 horas de sol por dia, o que estimula os visitantes a aproveitarem melhor a cidade
Pai com a filha nos ombros observa alces em fazenda
Experiência – Proprietários de fazendas do país convidam turistas a fazerem parte da sua rotina de trabalho

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