Berço do estado do Mato Grosso do Sul, a cidade de Miranda está localizada a 208 quilômetros da capital, Campo Grande, e preserva uma rica parte da história sul-mato-grossense. Abraçada por um dos biomas naturais mais ricos do mundo, uma grande planície alagadiça começa praticamente dentro do município, fazendo com que ele fosse apelidado de “Portal do Pantanal”.  O caminho já apresenta aos visitantes um pouco do que os aguarda: revoadas de araras-azuis e outras aves, como os tuiuiús, e rica vegetação típica do Cerrado e da Caatinga. 

O centro possui prédios e casas históricas, com arquitetura do início do século 20, como é o caso da prefeitura municipal, da Usina Açucareira Santo Antônio, da igreja matriz e da estação ferroviária, inaugurada em 1912 e restaurada em 2009. São atrações imperdíveis para os visitantes que apreciam a frutífera mistura de entretenimento e cultura.

A infraestrutura não deixa a desejar. Miranda conta com hotéis e pousadas para todos os gostos, algumas mais centrais e outras que funcionam em belas fazendas, permitindo uma imersão ainda maior na fauna e flora locais. Cavalgadas, trekkings e safáris fotográficos são alguns dos chamarizes para quem quer explorar de perto algumas das paisagens mais bonitas do Centro-Oeste. Áreas de camping e pesqueiros também são opções disponíveis.

O Pantanal

Por estar entre os mais exuberantes e diversificados ecossistemas da Terra, o Pantanal é reconhecido pela Unesco como Reserva Mundial da Biosfera. Segundo a Embrapa, ele constituiu uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta e está localizado na Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai.

Banhada por diversos rios, em especial pelo Paraguai e pelo Miranda e seus afluentes, a região possui enormes bacias de inundação, que abrigam diversas espécies de peixes, como jaú, pintado, cachara, dourado, barbado, pacu, curimbatá, piraputanga e jurupoca, e de outros animais, como jacarés, antas, ariranhas, papagaios, araras, gaviões e tamanduás. Alguns deles, que, em outras regiões do Brasil, se encontram ameaçados de extinção, estão presentes de forma vigorosa, como o cervo-do-Pantanal, a capivara e o tuiuiú. Por todas essas características, essa área é um prato cheio para o ecoturismo e para os amantes da pesca.

Rica biosfera

Estudos indicam que o bioma abriga as seguintes quantidades de seres vivos catalogadas: 263 espécies de peixes, 41 de anfíbios, 113 de répteis, 463 de aves, 132 de mamíferos e 2 mil de plantas.

Também se destaca a presença de comunidades tradicionais, como as indígenas, aos quilombolas e as dos coletores de iscas do Rio Paraguai. Ao longo do tempo, esses povos influenciaram diretamente a cultura da população pantaneira. E o melhor é que existem passeios, realizados por parceiros da Bancorbrás, que permitem um contato direto com seus costumes, suas histórias e suas tradições.

A pesca em Miranda

Com sua enorme variedade de peixes e boa infraestrutura, Miranda é um importante destino para a prática da pesca. Porém, antes de planejar a viagem, é preciso se atentar às melhores datas. Lá, a captura de espécimes aquáticos é expressamente proibida entre novembro e fevereiro, para que os animais se reproduzam e, assim, sejam preservados.

Além disso, o clima também é relevante. O período considerado mais favorável para a prática é o que compreende os meses de março e abril, quando os rios estão mais cheios. Entre junho e julho, eles costumam estar mais baixos, o que favorece a busca de espécies que habitam seu fundo, como o jaú, o pintado e o surubim. Já agosto e setembro são ideais para o pacu de batida.

Ou seja, não é à toa que o Pantanal é considerado como um dos principais destinos para a prática da pesca esportiva. Apesar das especificidades de cada mês, entre março e outubro dificilmente se volta para casa sem boas histórias para contar. E a Bancorbrás possui pacotes especiais para os amantes deste hobby. Confira!