Um dos grandes tesouros naturais brasileiros está guardado no coração da Bahia. Cavernas com águas cristalinas, vistas panorâmicas das serras e cachoeiras imensas com quedas d’água superiores a 80 metros de altura são alguns dos principais atrativos para os turistas que exploram a Chapada Diamantina. Com uma extensão de 152 mil hectares, o parque preserva uma porção da Serra do Sincorá, onde a beleza natural inclui o Cerrado, a Caatinga e a Mata Atlântica. Venha com a Bancorbrás para esse lugar mágico.

Chapada de corpo e alma

Para acessar a Chapada Diamantina, diversas cidades servem como base, mas Lençóis se destaca quando o assunto é hospitalidade. A cidadezinha colonial concentra o maior número de pousadas, bares, restaurantes, agências de turismo e pontos de apoio. Além de sua atmosfera encantadora, Lençóis (@visitelencois) possui uma rica história. No século 19, foi considerada um dos maiores polos de produção de diamantes do mundo e, em 1973, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Vale explorar as ruas de pedra do centro histórico, visitar a capela centenária de Nosso Senhor dos Passos, padroeiro dos garimpeiros, e conhecer a Casa Cultural Afrânio Peixoto, membro da Academia Brasileira de Letras.

Chegando à Chapada, que tal explorar as quedas d’água de Ribeirão do Meio? A apenas 4 quilômetros do centro de Lençóis, o conjunto forma poços excelentes para banho. Além disso, não deixe de escorregar no "toboágua natural" do local, uma atração imperdível para os visitantes.

Morro do Pai Inácio

Um pouco adiante, perto do município de Palmeiras, uma visão se sobressai no horizonte. O Morro do Pai Inácio é um mirante de vista infinita, que transforma a Chapada Diamantina em uma obra de arte viva. A trilha para chegar ao topo é relativamente tranquila, exigindo um esforço moderado por cerca de 20 minutos. Lá em cima, a impressão é de ser possível alcançar o céu (ou quase!). Uma dica? Vá sem pressa, escolha o horário após as 17h e seja testemunha do espetáculo natural do pôr do sol.

Culinária raiz

Além das suas belezas naturais, a Chapada Diamantina tem uma gastronomia diversificada e diferenciada. As comidas típicas carregam muita história e a tradição dos garimpeiros, além de valorizarem a cultura nordestina e os alimentos orgânicos produzidos no local. O pastel de jaca é um dos preferidos dos turistas, e você não pode visitar o Vale do Capão sem experimentar essa delícia. O recheio é feito do broto da fruta verde, que se assemelha ao palmito e é muito utilizado na região para a produção de aperitivos.

Gruta Pratinha e Gruta Azul

Se há um lugar verdadeiramente imperdível na Chapada, é o complexo ecoturístico da Fazenda Pratinha. A propriedade privada, também chamada de "cidade das grutas" revela a beleza e diversidade do seu subterrâneo. Com uma entrada discreta, a Gruta Azul abriga um lago circundado por estalactites e estalagmites. O destaque, porém, fica por conta de espetáculo criado pela incidência de raios solares sobre as águas, que adquirem impressionantes tons de azul. A Gruta da Pratinha não fica para trás, permitindo a flutuação, uma das atividades mais populares por lá. Com equipamentos de segurança e orientação de guias, é possível preservar esse oásis do sertão enquanto desfruta de uma experiência única.

Cachoeira da Fumaça e a força da natureza

Entre as cidades de Palmeiras e Lençóis, no Vale do Capão, encontra-se uma das maiores cachoeiras do Brasil e, sem dúvida, a maior da Chapada Diamantina. Com impressionantes 385 metros de altura, observar a força das suas águas é uma experiência única. A Cachoeira da Fumaça também é famosa por um fenômeno intrigante, conhecido como "cachoeira invertida" ou "cachoeira que sobe", que ocorre devido à colisão de fortes ventos diretamente com a cascata, desafiando a gravidade e alterando parte do seu percurso para cima. Durante os períodos de seca, quando a quantidade de água diminui, o fenômeno se torna ainda mais evidente.

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