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O Brasil é uma mistura vibrante de cores, culturas e sabores. Influenciado por diversos países devido à colonização, é comum encontrarmos pratos com origens variadas com um tempero brasileiro. Essa fusão dá um toque único e cria uma explosão de sabores que fazem de nossa culinária um dos motivos favoritos para visitar destinos turísticos de norte a sul. É impossível pensar na Bahia e não lembrar do acarajé, pensar no Norte e não lembrar do tacacá, em Minas e seus queijos, no Piauí e a cajuína e muito mais. A gastronomia brasileira é rica em histórias e tradições e muitos desses pratos se tornaram símbolos brasileiros reconhecidos como patrimônios culturais pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Você sabe quais são esses pratos? Nós vamos te contar!
O acarajé é um dos pratos mais populares e apreciados na culinária brasileira, atraindo turistas nacionais e internacionais, contribuindo para a economia local e promovendo a cultura baiana em todo o mundo. A receita chegou ao Brasil vinda da África Ocidental com os africanos na época da escravidão e, na mitologia iorubá, o acarajé era ofertado às divindades. Por ser um prato de origem africana, se popularizou nas principais regiões para onde os escravos eram levados.
As baianas de acarajé são figuras icônicas, representando a força, a tradição e a herança africana na cultura brasileira. Ele se tornou patrimônio em 2004 e, segundo o IPHAN, o acarajé é um bem cultural de referência à identidade baiana e aos afro-brasileiros, e um alimento emblemático dos saberes e modos de fazer das baianas de tabuleiro. O prato é preparado com um bolinho de feijão-fradinho artesanal, temperado com cebola e sal, frito em azeite de dendê e depois recheado com vatapá (leite de coco, castanha-de-caju, amendoim e camarão), vinagrete e camarão seco. O acarajé é servido quente ou frio, quente com muita pimenta e frio com pouca pimenta.
O tacacá é um prato típico da região Norte do país e tem origem indígena. Seus ingredientes são todos oriundos da natureza, fonte de alimentação principal dos povos originários. O prato é uma espécie de sopa feita com tucupi, líquido extraído da mandioca, goma de tapioca, camarão seco e jambu (planta que dá um efeito de dormência na boca).
O tacacá é servido em uma cuia, geralmente produzida pelos indígenas da região amazônica, e a tradição é transmitida de geração em geração, tornando esse legado permanente. A importância cultural do tacacá reside na sua capacidade de preservar e transmitir as tradições indígenas, valorizar os recursos naturais da Amazônia e representar a identidade cultural do Norte do Brasil. Ele é muito mais do que um simples alimento, é uma celebração da história, da natureza e da diversidade cultural da região.
O queijo de minas é encontrado em todo o Brasil, mas o modo artesanal de produção em Minas Gerais é único. Introduzido pelos portugueses, ele foi adaptado às condições ambientais e geográficas mineiras, diferindo do queijo coalhado original. Esse processo tradicional foi reconhecido pelo IPHAN, visando preservar as técnicas desenvolvidas ao longo de três séculos.
A produção começa com a ordenha diária do leite, que deve ser cru e filtrado imediatamente, sem passar por pasteurização. O queijo de minas destaca-se entre os mais consumidos e saudáveis do Brasil, apresentando uma massa crua, esbranquiçada e de consistência mole.
A cajuína é uma bebida típica do estado do Piauí, feita a partir do suco de caju. O suco é clarificado, coado várias vezes e cozido em banho-maria em garrafas de vidro até que os açúcares caramelizem, permitindo sua conservação por até dois anos.
De grande simbolismo alimentar no Nordeste, a cajuína desempenha um papel importante nas tradições familiares e sociais. Em Teresina, capital do Piauí, a cajuína é tão significativa que dá nome a uma avenida e a uma importante competição esportiva, a Volta da Cajuína. O reconhecimento da cajuína pelo IPHAN destaca sua importância cultural e regional.
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