Presente em nossas terras antes mesmo da chegada dos europeus, esse tubérculo tão frequente na mesa dos brasileiros é polivalente não apenas no nome, mas também em seus modos de preparo. Afinal, ele compõe pratos doces e salgados e vai bem do café da manhã ao jantar. Pode até parecer exagero, mas não é. A vaca atolada, o escondidinho, o bolo, o pudim, a tapioca e até o polvilho, essencial para se fazer o famoso pão de queijo, vêm da mandioca. De norte a sul do país, encontramos receitas que têm esse alimento como ingrediente principal.
O título de menor estado do Brasil não coloca Sergipe atrás de qualquer outro quando o assunto são belezas naturais e passeios inesquecíveis. Isso porque em Aracaju, capital do estado, além de visitar belíssimas praias, é possível se aventurar por cânions, grutas, rios e lagoas. E, em se tratando de comida, a cidade também sai na frente com uma gastronomia diferenciada. Típico da culinária litorânea nordestina, o pirão de farinha de mandioca pode ser encontrado em muitas praias do Brasil, mas é em Aracaju que está a melhor versão dessa iguaria. A mistura da farinha com a água do cozimento da carne formam o pirão, uma papa viscosa que acompanha grande parte dos pratos. Ela pode ser feita de peixe, camarão e até de galinha caipira, o famoso “pirão de mulher parida”. Não se sabe ao certo se é originária do Brasil, de Angola ou de outro local, mas estudos apontam que a cultura indígena foi responsável pela sua popularização. Ao chegar em Aracaju, aproveite para conhecer os bares e os restaurantes do litoral entre a Praia de Coroa do Meio e a de Mosqueiro e se deliciar com o pirão mais famoso do país.
Considerada como paraíso gastronômico, Belo Horizonte é, sem dúvida, parada obrigatória no roteiro de quem deseja mergulhar na cultura por meio da culinária. Dos mais deliciosos queijos a renomadas cachaças, essa viagem é uma oportunidade para se imergir nos segredos da cozinha mineira. E, já que estamos falando de delícias, não podemos deixar de citar a famosa vaca atolada. Típico da região, o prato atravessa gerações e leva ingredientes simples, como a costela bovina e a mandioca. Sua receita diz muito sobre a história não apenas de Minas Gerais, mas de todo o Brasil. Segundo relatos, ela vem das antigas comitivas de tropeiros que andavam pela região em busca de ouro. À época, era comum que levassem em seus embornais carnes mergulhadas em gordura, para garantir a alimentação durante o percurso. Os períodos de chuva, quando os animais atolavam e o grupo era impedido de seguir viagem, consistiam no momento ideal para prepararem a proteína, acompanhada por mandiocas colhidas pelo caminho. A receita era tão boa que acabou virando paixão nacional. Deguste a vaca atolada em polos gastronômicos da cidade, como nos bairros de Savassi e de Santa Inês, na Rua Sapucaí ou no centro. Opções não faltam no paraíso dos botecos.
Fundada em 1616, a capital mais antiga da Amazônia, Belém, é conhecida por suas muitas atrações históricas, seus passeios ao ar livre, e, claro, por uma experiência culinária diferente de tudo a que os visitantes estão habituados. No mercado Ver-o-Peso, é possível experimentar inconfundíveis sabores amazônicos, como o açaí, o pato no tucupi e a famosa feijoada dos paraenses, a maniçoba. Composta pela maniva – folha da mandioca moída – e pelas mesmas carnes utilizadas na receita tradicional, ela está há séculos nas mesas dos nativos. Apesar de rica em cálcio, ferro, vitaminas e proteínas, a maniva é extremamente tóxica e, por isso, precisa ser cozida por pelo menos 7 dias antes de ser consumida. E como surgiu essa iguaria tão típica? Alguns dizem que é fruto de tradições africanas, outros que sua origem é indígena. Há, ainda, os que creem derivar da miscigenação dos dois povos. O fato é que a receita é passada, de geração em geração, como uma espécie de herança da tradição local. Por isso, quando for a Belém, não deixe de apreciar esse que é um dos mais valiosos patrimônios do Pará.
Curitiba, tida como uma das mais bonitas metrópoles da América Latina, oferece inúmeras atrações para seu turista. Uma delas é o famoso Jardim Botânico, que se tornou cartão-postal da cidade. No mesmo local, é possível conhecer o Museu Botânico, que exibe diversas espécies de plantas que são referência nacional. Após fazer o tour pelo parque, que tal conhecer um pouco mais sobre a gastronomia curitibana? No Mercado Municipal, além de iguarias de diversos países, você poderá experimentar o barreado, prato genuinamente sulista, composto por carnes magras e de segunda. Como parte da receita, está o ato de “barrear a panela”, ou seja, de formar uma massa espessa, composta por farinha de mandioca e água, que veda completamente o recipiente. Dessa forma o alimento cozinha lentamente, ganhando um sabor único.
Guarapari, no Espírito Santo, é famosa por suas mais de 50 praias e pela hotelaria exemplar que atende a todos os tipos de públicos. Agitada e com excelentes opções de alimentação, é um destino para se conhecer em qualquer época do ano. Além das atrações costeiras, o viajante pode visitar o Parque Municipal Morro da Pescaria, os manguezais e as belas cachoeiras que existem por lá. Nos restaurantes e bares mais badalados, pratos deliciosos e cheios de história dão o ar da graça. Entre eles, especial destaque deve ser conferido à moqueca capixaba e ao célebre bolinho de aipim. Este último, inclusive, de tão gostoso, já se tornou nacionalmente conhecido e replicado. Com os mais diferentes recheios, como carne moída, frango, camarão com queijo, calabresa e pizza, ele atrai apreciadores da boa culinária provenientes de várias partes do Brasil e do mundo.
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